8.15.2008

sei que quando canto tu podes me escutar...

Espero algum dia poder dizer a mim mesmo que estou tranqüilo com as coisas que desejo. Quero um dia parar no meio da noite pra pensar e perceber que estou suficientemente lúcido para ordenar os meus objetivos e minha trajetória.

Há tantas coisas que me confundem, que ora me dão certezas, ora incertezas. Situações, percepções, interjeições que me fazem parecer um louco querendo viver.

Querer viver eu quero, mas será que essa loucura faz parte do "meu" prefácio? Tive dúvidas, acabei com elas. Sucumbi em preocupação, nervosismo, sentimentos tristes. Demorou até que percebi que não era o que eu queria no momento. As coisas passaram. Passei a viver outro mundo, outro hemisfério, tão próximo quanto poderia ser...

Eu estou feliz, muito mais do que pensei que poderia um dia estar. Mas assim, tão perto e tão longe... o maior problema nisso é que não posso dizer a ninguém o que penso, o que sinto, pois eu estaria me expondo de uma forma anormal, estaria dando aos outros motivos para me destruírem mentalmente, pra me esfolarem pelos olhos num círculo perfeito de acusações.

Eu posso mesmo estar infringindo algumas das leis naturais de todas as coisas, mas é pertinente a mim estar sempre atento aos pensamentos e a todas as minúcias de meus lapsos comportamentais. Sou indicador de meus próprios problemas.

Queria poder dizer-te que estou livre de todas as lembranças, mas estaria sendo um mentiroso. Tendemos a criar fábulas acerca de nosso passado... a minha teria um início melancólico, um meio entristecedor e um final trágico.

De tudo o que eu viver, não sairá da minha cabeça... a segurança, o conforto, o olhar...

cedo ou tarde...

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