7.21.2008

tem coisas em ti que me fazem bem não sei por quê...

quando te conheci, não pensava um dia te amar...
as coisas mudam, nossos olhos, os gostos, a luz que incide sobre nossa cabeça
pode parecer pragmático, mas é a minha realidade
é o meu raciocínio menos lógico, mas o mais aceitável;

estive ultimamente deveras confuso com tudo e todos
sob uma opacidade difícil de manter consegui permanecer de pé
talvez uma
exuviabilidade não desejada, talvez só um escudo...
para me proteger naqueles momentos em que estou no chão, literalmente no chão;

se amanhã eu tiver de me recompor, acredito estar preparado...
o suficiente para sobreviver
sobreviver não é uma inundação de
melancolismo nestas palavras sóbrias,
é apenas uma subestimação do mais sincero sentimento que posso digerir...

há tanto tenho esperado por tanto
e muito deste "tanto" alcancei

se um dia ficares sabendo que eu esqueci de quem eu amo, reze por mim, pois,
neste dia, eu terei morrido.

7.09.2008

sob olhares furtivos se iniciou, agora, sob sorrisos sinceros se concretizou...

Se hoje eu me sinto aliviado, é porque um dia estive à beira de um colapso. Não dependeria exclusivamente de minhas idéias definir com exatidão todas as coisas que me levaram à crise amarga por que passei no intervalo de tempo desde a descoberta do meu novo mundo até a posteridade do ápice mais recente; primeiro em sete.

Precisar de tantas coisas, pensar em outras, querer algumas, perder várias, desnortear por uma única. Eu ainda não posso entender com totalidade todas as minhas emoções, mas as compreendo sob qualquer visão que proceda do meu estado de espírito, logo, me sinto, hoje, centrado.

Ainda que eu pudesse contemplar as efêmeras experiências boas que presenciei durante anos, nenhuma possivelmente estaria apta a competir no nível desta metáfora a que me vejo, a do renascer de um sentimento adormecido.

Hei de vivenciar todos os planos, e atentar por todos os caminhos, estarei na maior parte dos lugares e amarei sob quaisquer climas, vento, chuva, sol, uma tempestade...

7.02.2008

só o tempo pra dizer o que vai acontecer na minha vida...

Por pouco cometi erros irreparáveis, por muito me vi sem ação. Incalculáveis vezes tentei entender o que afinal quero para minha vida, menos do que confuso eu não posso dizer acerca do resultado a que cheguei.
Chorei por um amor terminado. Errei. Minhas lágrimas não fazem muito mais do que afundar qualquer novo sentimento que me surja...

De amigo para amigo tudo começou... hoje te confesso, tudo mudou... só não posso me expressar com a intensidade merecida... como posso te chamar de amigo, se um dia te chamei de amor? Na tristeza vou viver pra ver se sou feliz... quem sabe eu esqueça de quem tentou me fazer feliz...
Por tanto tempo procurei, de repente encontrei. Por vezes contemplei, no meu ser foi cravejado... quanto tempo demorará para deixar de doer...

Quando meu riso se mostra público, grande é a minha vontade de nele acreditar... jamais ignore um riso direto, riso também é uma forma de chorar. Quando meu sorriso for dirigido, sei que meus olhos não mais se encontrarão nos teus; minha dor já não se adoçará junto a ti, mas para onde eu for levarei o teu olhar e para onde fores levarás a minha dor. Espero um dia poder fazer parte dos teus sonhos, poder saber da tua vida, poder segurar a tua mão e dizer quão bem estou me sentindo, como é bom estar contigo.

Quero um dia conseguir olhar nos teus olhos e não ter vergonha das coisas que fiz no passado. Quero fitar teus olhos e declarar que há muito tempo esperei por este momento, mas por motivos já superados não podia avançar. Desculpe-me por todas as coisas que falei e que te magoaram, e ainda por todas as coisas que eu deixei de falar. Mais perigosas seriam as verdades se sobre elas não pairasse o medo.

Expresso nesse último parágrafo não para serem as últimas palavras lidas, mas sim para serem as últimas a serem esquecidas...

Corro contra o vento, a chuva bate em meu rosto, as lágrimas lavam minha boca... me sinto mal, quero ir embora, quero ir para algum lugar bem longe. Sei que errei, mas por favor...

Pseudo-epígrafe: não me julgue pelas palavras. Fazer isso é tão cruel quanto culpar meu coração pelos amores que tive.

7.01.2008

se o meu sorriso mostrasse o fundo da minha alma, todos ao me verem sorrindo chorariam comigo...

Se o meu rosto pudesse denotar o que sinto, tornaria-me irreconhecível a qualquer um que já tenha me conhecido, hoje ou no passado.
Se meus olhos cogitassem tudo aquilo o que vejo e observo, tão mais distante eu me tornaria de tudo e todos quando me exaltasse às coisas que evito.
Se meus gestos compartilhassem da minha vontade mais concreta, ainda mais inerte eu pareceria ao mundo, pois meus atos estariam tão absortos na verdade mais profunda que já não teriam valia relevante.
Se minhas mãos pudessem dissipar a tristeza contida nas lágrimas que já não tenho, então eu poderia dizer adeus pela última vez.
Se minha boca fosse capaz, agora, de expressar todas as coisas que me afligem, eu talvez deixasse de ser uma pessoa se encaminhando para o fim das coisas e passaria a ser uma pessoa que sempre fez parte do fim.

Se o meu coração fosse dono de todas as soluções, meus pensamentos de todas as vontades, meus lábios de todas as verdades... somente então eu compreenderia e conseguiria explicar porque tanto fiz por todos, porque tanto fiz por mim, porque tanto deixei de fazer, e principalmente porque tão pouco faço.

Meu maior medo é o medo de ter medo. Meu maior receio? Não
encontrar coragem a tempo...